23/06/2012

Apenas um conto de (The Black Death City)

( Tagles é um simples morador da cidadezinha de Bird without wings, entre as milhares que existem no purgatório, belo dia Blaue, uma garota que ainda não morreu desembarca por la, ela encontra-se em coma entre a vida e a morte na terra e juntos vão fazendo do pacato local histórias com os variáveis passageiros que acordam no purgatório a espera do julgamento final).


Nove crianças morreram, eram crianças de 5 a 10 anos, crianças que foram assassinadas brutalmente e teve seus corpos enterrados em um parque que hoje ganhara o nome de children angels, Crime que barbarizou os estados Unidos em 1995 na florida. O assassino nunca foi encontrado. Seus familiares até hoje buscam uma maneira de lembra-las fazendo todos os anos uma passeata e um dia de ação de graças reunindo muitas crianças no parque onde oferecem jogos e brincadeiras.
Elas ficarão na memoria de seus pais eternamente, onde carregarão a dor da perda e um sentimento de impotência. A vida as vezes esta a um passo do fim, e a um passo para talvez a Bird without wings.


Estação de trem de bird without wings.


O vento soprava forte, vinha ao longe da imensidão amarelado do deserto. O sol avermelhado não aparentava já ser duas da tarde, a cidade ganhou esse nome por algo que aconteceu a muito tempo, onde apenas os moradores mais antigos puderam presenciar uma revoada de pássaros que chegaram sem suas asas e esperaram dias na estação de trem um que seguisse para o norte, e foi um trem que vinha do norte, que desembarcou Chris Doner na pequena estação.
Meu nome é Tagles Laulear, adoro escrever e comer. Eu acordei com um pouco de frio aquela tarde, a casa onde eu moro é um sobrado de madeira e meu quarto é o último do corredor na parte de cima. Ao lado tem o quarto da Blaue e um outro cômodo vazio, que de vez enquanto passa ser o comodo da Sabrina. Sabrina é uma alma que está se decompondo e que adora viver no escuro, as almas se decompõe com o passar do tempo caso elas não busquem forças pra se amimar e recomeçar enquanto esperam o julgamento final, que só Deus sabe quando vai ocorrer, por esse motivo, não sei se ela ainda mora com a gente e não podemos ver ou se vai embora e volta quando da na telha, só é um pouco assustador topar ela sozinha no fim do corredor.
Na parte de baixo temos o quarto do Gui e do Dr. Freed Alencar. Gui é um bebê de 2 anos que Freed cuida desde que chegou, ambos parecem pai e filho, e Gui levou sorte em encontrar um médico quarentão que adorava a pediatria.
Tenho um bichinho de estimação chamado vampiro, é um rato que muitos o acham nojento, porém eu acho a coisa mais linda desse mundo.
E como estava dizendo, estava muito frio aquela tarde, no vidro da janela, podia ouvir os fortes grãos de areia sendo arremessados a uma velocidade de 40 por hora. Ouvi ao longe o barulho do trem e aquela terrível buzina que tocam quando vai parar na estação.
Desci até a cozinha pra ver o que tínhamos pra comer, já que muitas vezes a comida é de difícil acesso, ainda esse lugar não é o paraíso onde teremos pé de frutas por todos os lados, e por esse motivo faço alguns bicos do outro lado da cidade pra sempre termos o que comer. Então ouvi um choro em gritos do lado de fora vindo em direção a casa. Era Chris Doner desesperado tentando entrar pela porta da frente, eu logo corri ate a sala e tirei da gaveta da estante uma arma que faria um belo buraco na sua cabeça caso fosse algum forasteiro metido a besta querendo nos incomodar, mas sabia que no fundo era apenas mais um dos milheares que morrem e se desesperam sem saber onde estão e o que está acontecendo.



Temos em mente que após entrarmos em óbito na terra, ficamos sem consciência e vagamos mentalmente em nossas lembranças, e quando caímos em si e tudo se reconstitui, nos deparamos em algum lugar no purgatório, muitos acordam no trem, o que acontece é que sempre descem na primeira estação que avistam uma casa com as luzes acessas e a chaminé soltando fumaça.
_ O que você quer? Perguntei em alto e bom som com o cara já na porta.
Chris Doner não respondia, apenas chorava e pedia pra deixar entrar. Corri até o quarto do Dr. freed que ainda estava debaixo das cobertas e fui logo indagando a ele. _Tem um homem chorando na nossa porta, ele acabou de descer do trem.
Freed se virou e me olhou de um jeito sério onde eu pude entender com todas as letras que se eu abrisse, eu quem iria ter um buraco na cabeça. As vezes eu entendo ele, não podemos ajudar todo mundo em um lugar que, tudo bem, não se pode mais morrer, mas se pode torturar, viver carregando sua cabeça pelo braço, e sinceramente, já ouvi falar que se não tivermos mais o corpo, nossa consciência ainda vaga.
Voltei até a porta e gritei. _ Vai embora, vai embora, aqui não é lugar pra você! _ mas ele chorava pedindo pra entrar.
Foi quando vi Blaue descendo as escadas vestindo apenas sua camisola rosa, indo direto ao sofá perguntando.
_Quando vai parar de se importar com os outros? Se eles querem ajuda, desculpe, mas está batendo na porta errada, manda ele caçar os purpurinas, anjos sempre ajudam.
_ Você e seu mal humor, ele não para de chorar, não vê? E isso me incomoda!
_ Há! Daqui a pouco ele vai embora, não esquenta!
_Eu vou abrir!
_ Se você abrir essa porta Tagles Laulear, eu juro que acabo com você! _ Blaue se levantou do sofá e começou chutar a porta dizendo a Chris Doner que do lado de fora já estava caído no chão.
_Meu amigo, o negocio é o seguinte, some, aqui não é lugar pra você!
Mas foi quando algo que eu senti por dentro me fez destrancar a porta e empurrar Blaue pro lado, Crhis Doner me olhou com o rosto todo sujo pela poeira que grudava nas lagrimas, eu lhe estendi a mão e disse que ele não podia ficar ali, mas iria ajudar a encontrar um caminho. Chris me grudou pela blusa e começou a me socar com muita força, desesperada Blaue empurrou o cara nas escadas da varanda e me trouxe pra dentro.
Ela dizia rindo da minha cara.
_Toma, ajude um desconhecido que fica chorando na sua porta! Esse cara tem que sofrer e pagar muito pelos pecados que cometeu na terra, e olha que ele ainda nem foi julgado.
_ Você sabe de alguma coisa? _ Preguntei a ela que parecia falar como se o conhecesse.
_ Não. Mas o choro e atitude que eu acabei de presenciar me diz que ele nunca foi uma pessoa do bem. Blaue subiu as escadas ainda caçoando de mim.
Eu não queria contrariar a todos que por sinal tinha um pouco de razão, mas algo me dizia como sempre que todos nós apenas precisamos saber em qual direção seguir, somos perdidos tanto enquanto vivíamos na terra, o que dirá aqui. Eu sai pra fora novamente, claro, com a arma escondida na cintura, e falei a ele apontando para o leste dizendo que se ele seguisse naquela direção iria encontrar um tipo de abrigo, onde lhe dariam comida e algo pra vestir. Crhis Doner se levantou e foi andando na direção que apontei sumindo entre a poeira do deserto.
Ao entrar dentro de casa o Dr Freed estava em pé na porta da cozinha me olhando sério e perguntou.
_Por que fez isso? Além dele ti socar, porque o ajudou?
Eu Procurei falar em um tom que não parecesse grosseiro, pois sabia que por mais que todos também quisessem ajudar, as vezes certas atitudes não são a melhor coisa a se fazer.
_Não sei quem ele era, o que ele fez em vida e o que queria de nós, ele agiu pelo seu instinto, e eu apenas agi pelo meu. Sobi para o meu quarto e fui tentar dormir.

Crhis Doner havia assassinado 9 crianças e as enterrado em parque que hoje ganhará o nome de children angels, mas creio que mesmo assim, Deus estará acompanhando ele.




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