Em um mundo cheio de altos e baixo, vendo as estrelas no céu, que brilhavam feito diamantes reluzidos contra um farol, me encantei pela estrela mais distante do planeta, seu brilho estava milhares e milhares de quilômetros luz terra de mim, era impossível de ser tocada, então eu passei somente admirá-la, passei somente a conviver com a esperança, que com o tempo tornou-se sonho de um dia ter ela pra mim.
Ao longo da vida, isso desde que a existência da estrela tomou conta dos meus pensamentos e desejos, eu plantei árvores, árvores que depois de crescidas passariam proporciona a madeira mais resistente que eu conhecia, e delas construí uma escada, uma enorme escada que chegaria a ultrapassar o céu, meu objetivo era alcançá-la.
A estrela tinha um nome, seu nome dado pelos deuses mais poderosos do universo, era felicidade, a felicidade estava tão distante de mim, que mesmo os melhores amigos que me viam sentado no moro olhando pra cima, choravam por me ver apaixonado por algo tão difícil de conseguir, eles preferiam que eu me apaixonasse pelas coisas da terra pois era mais fácil de alcançá-las, mas me ver naquele estado paravam um segundo do seu tempo para pensar porque eu nunca desistia dela, já que ela nunca poderia ser minha. Eles não encontravam a resposta e também não tinham coragem de me perguntar, mas a insegurança, um dos meus amigos mais complicados, sentou-se do meu lado em uma determinada noite, acariciou meu cabelo bagunçado pelo vento e indagou.
_Vai ficar aqui a noite inteira, vai ver ela desaparecer com a claridade do sol, esperar doze horas pra que ela volte a aparecer no céu, e mesmo assim não vai alcançá-la, não importa o quão grande seja sua floresta de árvores, a escada que está construindo não alcançará a felicidade. A insegurança era minha companheira de anos, desde criança foi uma amiga inimiga pra dizer “você não tem capacidade pra isso”, então vamos desistir e passar a aceitar a realidade. Não sei porque a dos muitos amigos que eu tive, a insegurança era a que mais pegava no meu pé.
A escada não passou da camada de ozônio, e nem chegaria a estrela mesmo se fosse utilizado todas as árvores do mundo, ela estava realmente muito longe de mim. O que eu não sabia e muito menos os meus amigos, foi mostrado em um dia qualquer.
As estrelas se apaixonam por aqueles que a idolatram, que admiram sua beleza e sua grandeza, não há um dia específico escrito como em um calendário dos máias ou subentendido pelas parágrafos da bíblia, é qualquer dia, não importa se é noite ou se está chovendo forte, se alguém faleceu em um hospital ou se alguém deu a luz na beira da estrada, um dia, a estrela desce de encontro com o seu admirador com a ajuda de alguém.
A estrela chamada felicidade bateu na porta da frente da minha cabana e pediu pra entrar, eu a olhei nos olhos e peguei-a pelas mãos dizendo que minha casa agora era o seu lar, ela entrou, pegou duas taças e colocou um vinho doce e suave e me perguntou.
_Quanto tempo você gostaria que eu ficasse morando aqui com você?
Eu somente respondi, enquanto houver batidas no meu coração.
A felicidade então colocou a mão no meu peito e entrou dentro do meu corpo repousando e se encaixando em cada canto, pelo vidro da janela, dava pra ver meus amigos sorrindo e não acreditando no que estavam vendo. Felizes por mim, discutindo entre eles sobre em parar de me incomodar.
Quero somente agradecer, a você que fez a doçura de buscar essa estrela pra mim.
Imagem do Google.
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